terça-feira, 26 de maio de 2020

Dia Nacional do Café - Brasil

O Dia Nacional do Café é comemorado no Brasil no dia 24 de Maio.
É o café um dos maiores símbolos do nosso país.
Todos gostam de um café ou um cafezinho. ☕

Em homenagem a essa bebida tão apreciada, sugiro aqui a leitura de uma obra póstuma de autoria do imortal Mário de Andrade:

Imagem: Editora Nova fronteira. 2015.

Do livro

"Chico Antônio apenas se percebera um pouco enfarado quando a noite caída não permitiu mais enxergar as paisagens passando pelo trem. Ficara nesse estado suave de paciência que no geral veste os incultos quando caceteados. Não procurara reagir, examinando os outros viajantes ou metido nalgum pensamento. Se mantinha, um bocado maior pela relaxação do físico, nessa intimidade com o vazio, em que o ser se vegetaliza, bom, quase desapercebido.
Mas agora as luzes pipocavam lá fora, aos fios, aos grupos, e uma cidade enorme, toda iluminada, aparecia. os viajantes preparavam para descer.
- Faz favor, dona, é São Paulo?
- É."
(ANDRADE, Mário de. Café. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015)

 

Sobre o livro

Café é o romance inédito tão esperado de Mário de Andrade. Segundo o próprio escritor, o livro seria “um romance de páginas cheias de psicologia e intensa vida”. No universo ficcional, migrante como tantos da mesma região, Chico Antônio passa pela capital, antes de seguir para uma fazenda de café, cultivo que muita riqueza garantira aos paulistas. Aqui, tem-se uma trama muito bem-articulada, personagens vigorosas, capazes de tra­duzir situações humanas intensas e de ultrapassar, assim, um tempo demarcado historicamente no Brasil.
Texto disponível em:  https://www.ediouro.com.br/?q=pesquisa&search_api_views_fulltext=caf%C3%A9

Você sabe quem foi Chico Antônio?
Se quiser saber mais sobre ele, clique Aqui.


Você já conhecia esse romance?



sexta-feira, 22 de maio de 2020

Um estudo em vermelho - Sir Arthur Conan Doyle


Primeira capa. 1887.

Um Estudo em Vermelho é um romance policial escrito por Sir Arthur Conan Doyle, publicado originalmente em novembro de 1887. A primeira edição, em formato de livro, só seria lançada em julho de 1888, com ilustrações da autoria de Richard Gutschmidt. 

A obra é famosa por ser o primeiro livro de Sherlock Holmes, detetive mundialmente conhecido na literatura policial. É também, nessa obra, que acontece seu encontro com Dr. Watson, narrador e participante das aventuras do detetive através de um amigo comum. 

Imagem: Revista Galileu.

Um Estudo em Vermelho propõe um enigma terrível à polícia londrina, que pede auxílio a Holmes: um homem é encontrado morto, sem ferimentos e cercado de manchas de sangue. Em seu rosto, uma expressão de pavor. 
 📚 Se quiser começar a leitura dessa obra de Conan Doyle, clique Aqui.

Sobre o autor
Imagem: internet.




Arthur Ignatius Conan Doyle (Edimburgo, 22 de maio de 1859 — Crowborough, 7 de julho de 1930) foi um escritor e médico britânico, nascido na Escócia, mundialmente famoso por suas 60 histórias sobre o detetive Sherlock Holmes, consideradas uma grande inovação no campo da literatura criminal. Foi um renomado e prolífico escritor cujos trabalhos incluem histórias de ficção científica, novelas históricas, peças e romances, poesias e obras de não ficção.


terça-feira, 19 de maio de 2020

Dias de confinamento

Desde meados de Março deste ano estamos em confinamento, em distanciamento social, mesmo morando em condomínios, cidades, metrópoles...

Neste período de pausa, muitos tentam continuar suas atividades normalmente, o que sabemos não ser possível. não estamos em dias normais, perece estamos em dias suspensos...

Foi pela suspensão dessas atividades com horas marcadas, com calendários definidos antecipadamente, e que agora também estão em suspenso, que tive a oportunidade de ler O amanhã não está à venda, de Ailton Krenak.

Imagem: Companhia das Letras.


Foto: Notaterapia.


Ailton Krenak é um ambientalista e líder indígena dos Krenak, que vivem às margens do rio Doce, em Minas Gerais. Foi uma das lideranças indígenas responsáveis pela conquista do “Capítulo dos índios” na Constituição de 1988, que promulgou os direitos indígenas à terra, mas seu percurso data desde 1970 como ativista, jornalista e educador. 
Texto de Bianca Peter, disponível em: http://notaterapia.com.br/2020/04/22/as-9-melhores-frases-de-o-amanha-nao-esta-a-venda-de-ailton-krenak/

Se quiser conhecer a obra de Krenak, clique aqui.

Depois da leitura, deixe seu comentário sobre a obra...

segunda-feira, 18 de maio de 2020

A Literatura de Savador - Bahia

Nestes dias 17 e 18 de Maio temos dois grandes nomes da Literatura Brasileira para homenagear.

Zélia Gattai

Foto: Academia Brasileira de Letras

Zélia Gattai Amado de Faria foi uma escritora, fotógrafa e memorialista (como ela mesma preferia denominar-se) brasileira, tendo também sido expoente da militância política nacional durante quase toda a sua longa vida, da qual partilhou cinquenta e seis anos casada com o também escritor Jorge Amado, em Salvador, até sua morte.

Aos 63 anos de idade, começou a escrever suas memórias. O livro de estreia, Anarquistas, graças a Deus, ao completar vinte anos da primeira edição, já contava mais de duzentos mil exemplares vendidos no Brasil.

Imagem: Internet.

Publicado em 1979, Anarquistas, graças a Deus é o livro de estreia de Zélia Gattai e seu primeiro grande sucesso.
Filha de anarquistas chegados de Florença, por parte do pai Ernesto, e de católicos originários do Vêneto, da parte da mãe Angelina, a escritora trazia no sangue o calor de seus livros. Trinta e quatro anos depois de se casar com Jorge Amado, a sempre apaixonada Zélia abandona a posição de coadjuvante no mundo literário e experimenta a própria voz para contar a saga de sua família.

É assim que ficamos conhecendo a intrépida aventura dos imigrantes italianos em busca da terra de sonhos, e o percurso interior da pequena Zélia na capital paulista - uma menina para quem a vida, mesmo nos momentos mais adversos ou indecifráveis, nunca perdeu o encanto. A determinação de seu Ernesto e a paixão pelos automóveis, a convivência diária com os irmãos e dona Angelina, os sábios conselhos da babá Maria Negra, as idas ao cinema, ao circo e à escola, as viagens em grupo, o avanço da cidade e da política - nestas crônicas familiares, vida e imaginação se embaralham, tendo como pano de fundo um Brasil que se moderniza sem, contudo, perder a magia.

Exímia contadora de histórias, Zélia as transforma em instrumento privilegiado para o resgate da memória afetiva. Foi Jorge Amado quem, um dia, lendo um conto de qualidade duvidosa que Zélia rascunhava, pescou essa veia de documental. Apontou-lhe o caminho e mostrou que ela se alimentava de sua rica ascendência familiar. Surge assim a Zélia memorialista, para quem a literatura provém não tanto da invenção, mas do trato apurado da memória e do desfiar cuidadoso, mas sem melindres, da intimidade.

Em suas mãos, a literatura se torna, mais que confissão, auscultação do mundo. É tendência para o registro e o testemunho, que cimentam não só um estilo quase clínico de observar a existência, mas uma maneira de existir. Pois é da persistência do espanto que Zélia, em resumo, trata. Se Jorge Amado foi uma espécie de biógrafo involuntário do Brasil, Zélia Gattai se afirma como a grande narradora de nossa história sentimental.

Texto disponível em:  https://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12741


Imagem: Lp Som Livre. Rede globo.

Anarquistas, Graças a Deus é também uma minissérie brasileira homônima, produzida e exibida pela Rede Globo entre 7 de maio e 17 de maio de 1984. 
Através das lembranças da menina Zélia, desenrola-se o cotidiano da família Gattai, imigrantes italianos que vieram para o Brasil perseguindo o sonho da Colônia Santa Cecília, reduto anarquista, e que viveram em São Paulo nos anos 10 e 20, acompanhando o crescimento da cidade. A relação amorosa com os pais Ernesto e Angelina, e o convívio com a empregada Maria Negra, o Nonno, e os quatro irmãos mais velhos: Remo, Vanda, Vera e Tito.


Dias Gomes

Foto: Arquivo Nacional.

Alfredo de Freitas Dias Gomes, mais conhecido pelo sobrenome Dias Gomes foi um romancista, dramaturgo, autor de telenovelas e membro da Academia Brasileira de Letras.


 
Imagem: Internet.




O Pagador de Promessas é uma peça de teatro escrita por Dias Gomes, encenada pela primeira vez em São Paulo pelo TBC (Teatro Brasileiro de Comédia) no ano de 1960. A peça é dividida em três atos, sendo que os dois primeiros ainda são subdivididos em dois quadros cada um. 
A história se passa na cidade de Salvador, já em processo de modernização. O personagem principal, o sertanejo Zé-do-Burro, deseja levar uma grande cruz até o interior da Igreja de Santa Bárbara para pagar uma promessa e, ao longo do trajeto, sofre com as mentiras, com a corrupção e com a ganância da sociedade. É importante destacar o teor crítico e político trazido pela obra, além da discussão do respeito às diferentes religiões praticadas no Brasil.


A peça inspirou um filme homônimo, de 1962, que venceu o prêmio Palma de Ouro no Festival de Cannes.

Imagem: Divulgação.

Também foi inspirada na peça de Dias Gomes a minissérie homônima da Rede Globo no ano de 1988.  Concebida em 12 capítulos, a história teve que ser reeditada por imposição da Censura, e acabou sendo exibida em apenas oito capítulos. As referências políticas, as menções das lutas dos sem-terra e posseiros e a reforma agrária foram suprimidas, tirando o gênese da personagem.

 Imagem: Rede Globo.

Saudamos estes dois grandes autores brasileiros, cuja vida se deu especialmente em Salvador, cidade que nos presenteia com grandes literatos e grande literatura.

E você?
Leu Zélia Gattai?
Leu Dias Gomes? 



sexta-feira, 15 de maio de 2020

O Mágico de Oz - Frank Baum - 15 de Maio

Lyman Frank Baum, mais conhecido como L. Frank Baum (Chittenango, 15 de maio de 1856 — Hollywood, 6 de maio de 1919), foi um escritor, editor, ator, roteirista, produtor de cinema e teosofista norte-americano. Foi criador de um dos mais populares livros escritos na literatura americana infantil, O Mágico de Oz.


Primeira capa da obra de Baum.
O Maravilhoso Mágico de Oz é um romance infantil, de alta fantasia, escrito por L. Frank Baum e ilustrado por W. W. Denslow, originalmente publicado pela George M. Hill Company, em Chicago em 17 de maio de 1900. É o primeiro de uma série de catorze livros que relata as aventuras na fantástica Terra de Oz. O primeiro livro segue Dorothy Ventania (Dorothy Gale, no original), do Kansas, que é levada por um tornado ao país das fadas. É considerado o primeiro contos de fadas genuinamente americano.
Para conhecer todas as obras que compõem a fantástica Terra de Oz, acesse: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_dos_livros_da_s%C3%A9rie_Terra_de_Oz
Por ser uma obra de alto valor literário, O Mágico de Oz é adaptado frequentemente para outras artes:
Cinema
 Imagem: AdoroCinema.

 Imagem: AdoroCinema.

Quadrinhos

 Imagem: Divulgação.

Você já leu O Mágico de Oz?

quarta-feira, 13 de maio de 2020

13 de Maio

O dia 13 de Maio, no Brasil, simboliza a abolição da escravatura.
Por isso, homenageamos aqui, hoje, aqueles que foram lideranças fundamentais da luta abolicionista.

José do Patrocínio

Foto: Academia Brasileira de Letras.

José Carlos do Patrocínio (1853 — 1905, fluminense) foi um farmacêutico, jornalista, escritor, orador e ativista político brasileiro. Destacou-se como uma das figuras mais importantes dos movimentos Abolicionista e Republicano no país. Foi também idealizador da Guarda Negra, que era formada por negros e ex-escravos, sendo vanguarda do movimento negro no Brasil.

Suas obras:
  • 1875: Os Ferrões, quinzenário satírico, 10 números, em colaboração com Dermeval Fonseca;
  • 1877: Mota Coqueiro ou A pena de morte, romance;
  • 1879: Os retirantes, romance;
  • 1883: Manifesto da Confederação Abolicionista;
  • 1884: Pedro Espanhol, romance;
  • 1885, 17 de maio: Conferência pública, no Teatro Politeama, em sessão da Confederação Abolicionista;
  • "Associação Central Emancipadora", 8 boletins.

Luís Gama
Imagem: internet.

Luís Gonzaga Pinto da Gama (1830 – 1882, soteropolitano) foi um advogado, orador, jornalista, escritor brasileiro e o Patrono da Abolição da Escravidão do Brasil.
Nascido de mãe negra livre e pai branco, foi contudo feito escravo aos 10 anos, e permaneceu analfabeto até os 17 anos de idade. Conquistou judicialmente a própria liberdade e passou a atuar na advocacia em prol dos cativos, sendo já aos 29 anos autor consagrado e considerado "o maior abolicionista do Brasil".
 Foi um dos raros intelectuais negros no Brasil escravocrata do século XIX, o único autodidata e o único a ter passado pela experiência do cativeiro. Pautou sua vida na defesa da liberdade e da república: ativo opositor da monarquia, veio a morrer seis anos antes de ver seus sonhos concretizados.

Suas obras:

1859: Primeiras trovas burlescas de Getulino 
1861: Novas trovas burlescas

Um pouco de poesia:

Quem sou eu?
Quem sou eu? que importa quem?
Sou um trovador proscrito,
Que trago na fronte escrito
Esta palavra — Ninguém! —
(A. E. Zalvar — Dores e Flores)

Amo o pobre, deixo o rico,
Vivo como o Tico-tico;
Não me envolvo em torvelinho,
Vivo só no meu cantinho:
Da grandeza sempre longe,
Como vive o pobre monge.
Tenho mui poucos amigos,
Porém bons, que são antigos,
Fujo sempre à hipocrisia,
À sandice, à fidalguia;
Das manadas de Barões?
Anjo Bento, antes trovões.
Faço versos, não sou vate,
Digo muito disparate,
Mas só rendo obediência
À virtude, à inteligência:
Eis aqui o Getulino
Que no pletro anda mofino.
Sei que é louco e que é pateta
Quem se mete a ser poeta;
Que no século das luzes,
Os birbantes mais lapuzes,
Compram negros e comendas,
Têm brasões, não — das Kalendas,
E, com tretas e com furtos
Vão subindo a passos curtos;
Fazem grossa pepineira,
Só pela arte do Vieira,
E com jeito e proteções,
Galgam altas posições!
Mas eu sempre vigiando
Nessa súcia vou malhando
De tratantes, bem ou mal
Com semblante festival.
Dou de rijo no pedante
De pílulas fabricante,
Que blasona arte divina,
Com sulfatos de quinina,
Trabusanas, xaropadas,
E mil outras patacoadas,
Que, sem pinga de rubor,
Diz a todos, que é DOUTOR!
Não tolero o magistrado,
Que do brio descuidado,
Vende a lei, trai a justiça
— Faz a todos injustiça —
Com rigor deprime o pobre
Presta abrigo ao rico, ao nobre,
E só acha horrendo crime
No mendigo, que deprime.
- Neste dou com dupla força,
Té que a manha perca ou torça.
Fujo às léguas do lojista,
Do beato e do sacrista —
Crocodilos disfarçados,
Que se fazem muito honrados,
Mas que, tendo ocasião,
São mais feroz que o Leão.
Fujo ao cego lisonjeiro,
Que, qual ramo de salgueiro,
Maleável, sem firmeza,
Vive à lei da natureza;
Que, conforme sopra o vento,
Dá mil voltas num momento.
O que sou, e como penso,
Aqui vai com todo o senso,
Posto que já veja irados
Muitos lorpas enfunados,
Vomitando maldições,
Contra as minhas reflexões.
Eu bem sei que sou qual Grilo,
De maçante e mau estilo;
E que os homens poderosos
Desta arenga receiosos
Hão de chamar-me Tarelo,

Bode, negro, Mongibelo;
Porém eu que não me abalo,
Vou tangendo o meu badalo
Com repique impertinente,
Pondo a trote muita gente.
Se negro sou, ou sou bode
Pouco importa. O que isto pode?
Bodes há de toda a casta,
Pois que a espécie é muito vasta.
Há cinzentos, há rajados,
Baios, pampas e malhados,
Bodes negros, bodes brancos,
E, sejamos todos francos,
Uns plebeus, e outros nobres,
Bodes ricos, bodes pobres,
Bodes sábios, importantes,
E também alguns tratantes...
Aqui, nesta boa terra
Marram todos, tudo berra;
Nobres Condes e Duquesas,
Ricas Damas e Marquesas,
Deputados, senadores,
Gentis-homens, veadores;
Belas Damas emproadas,
De nobreza empantufadas;
Repimpados principotes,
Orgulhosos fidalgotes,
Frades, Bispos, Cardeais,
Fanfarrões imperiais,
Gentes pobres, nobres gentes
Em todos há meus parentes.
Entre a brava militança
Fulge e brilha alta bodança;
Guardas, Cabos, Furriéis,
Brigadeiros, Coronéis,
Destemidos Marechais,
Rutilantes Generais,
Capitães de mar-e-guerra,
— Tudo marra, tudo berra —
Na suprema eternidade,
Onde habita a Divindade,
Bodes há santificados,
Que por nós são adorados.
Entre o coro dos Anjinhos
Também há muitos bodinhos. —
O amante de Syiringa
Tinha pêlo e má catinga;
O deus Mendes, pelas contas,
Na cabeça tinha pontas;
Jove quando foi menino,
Chupitou leite caprino;
E, segundo o antigo mito,
Também Fauno foi cabrito.
Nos domínios de Plutão,
Guarda um bode o Alcorão;
Nos lundus e nas modinhas
São cantadas as bodinhas:
Pois se todos têm rabicho,
Para que tanto capricho?
Haja paz, haja alegria,
Folgue e brinque a bodaria;
Cesse pois a matinada,
Porque tudo é bodarrada!

(Luís Gama, Primeiras trovas burlescas de Getulino, 1859).


Nascimento de Lima Barreto

Imagem: internet.

Afonso Henriques de Lima Barreto, mais conhecido como Lima Barreto (Rio de Janeiro, 13 de maio de 1881 — Rio de Janeiro, 1 de novembro de 1922) foi um jornalista e escritor brasileiro, que publicou romances, sátiras, contos, crônicas e uma vasta obra em periódicos, principalmente em revistas populares ilustradas e periódicos anarquistas do início do século XX.

Era filho de João Henriques de Lima Barreto, filho de uma antiga escrava e de um madeireiro português, e de Amália Augusta, filha de escrava e agregada da família Pereira Carvalho.

Autor de uma vasta obra literária, Lima Barreto tem como seu livro mais conhecido Triste fim de Policarpo Quaresma, publicado em 1911.

Imagem: Divulgação.

Essa obra também foi adaptada para HQs e para o cinema:

 Imagem: Divulgação.
 Imagem: Divulgação.

Imagem: Divulgação.

Você conhecia esses autores da luta abolicionista?






Luna Clara e Apolo Onze - Adriana Falcão

Imagem: Divulgação.
Editora Salamandra.

Assim que lemos o título do romance Luna Clara e Apolo Onze, de Adriana Falcão, de imediato fazemos a ligação do nome Apolo Onze ao voo tripulado da NASA, Apollo 11, de 20 de Julho de 1969, que conseguiu pousar na Lua, sendo pilotado por Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins.


Imagem: NASA Human Space Flight Galler
A tripulação da missão Apollo 11, da esquerda para a direita: Neil A. Armstrong, comandante; Michael Collins, piloto do módulo de comando; e Edwin E. Aldrin Jr., piloto do módulo lunar.


Mas o que talvez muitos de vocês que estão agora lendo esta postagem não saibam é que também existiu uma sonda, parte de um programa cujo objetivo era também pousar na superfície lunar, de nome Luna.

Modelo semelhante à Luna, sonda enviada à Lua..
Imagem: internet.


Luna 5, também conhecida como Luna E-6 No.10, foi a designação de uma sonda soviética do Programa Luna usando a plataforma E-6, com o objetivo de efetuar um pouso suave na Lua

Depois de um lançamento bem sucedido em 9 de Maio de 1965, ela falhou em acionar os retrofoguetes já em sua rota de aproximação para a Lua, e acabou colidindo com ela.

A Luna 5 foi lançada por um foguete Molniya-M (8K78M) as 07:49:37 UTC de 9 de Maio de 1965, a partir da plataforma 1/5 do Cosmódromo de Baikonur. Depois de um lançamento bem sucedido e de ter atingido uma órbita de espera de 167 por 182 km, o estágio superior do foguete, um Bloco-L, reiniciou e ela foi colocada em trajetória de injeção translunar.

Depois de cinco sessões de comunicação e uma correção de curso bem sucedidas, um problema no sistema de controle de atitude fez com que a espaçonave passasse a girar sobre o próprio eixo. O controle foi recuperado, mas outro problema na unidade de controle impediu o acionamento do retrofoguete. Em consequência disso, a Luna 5 continuou em sua trajetória e caiu na superfície lunar a cerca de 700 km do local previsto para o pouso as 19:10 UTC em 12 de Maio de 1965.

O Programa Luna (também conhecido como Lunik) foi a designação de uma série de missões espaciais não tripuladas enviadas à Lua pela União Soviética entre 1959 e 1976. Quinze naves foram bem sucedidas, cada uma projetada como um orbitador ou aterrissador, e realizaram muitas conquistas na exploração do espaço.

Texto base disponível em:  https://nssdc.gsfc.nasa.gov/nmc/spacecraft/display.action?id=1965-036A



segunda-feira, 11 de maio de 2020

O incrível Hulk





Imagem: Marvel. Divulgação.


O Hulk, por vezes referido como O Incrível Hulk (The Incredible Hulk, no original em inglês) é um personagem de quadrinhos do gênero super-herói, propriedade da Marvel Comics, editora pela qual as histórias do personagem são publicados desde sua criação, nos anos 1960. Concebido pelo roteirista Stan Lee (1922-2018) e pelo desenhista Jack Kirby (1917-1994), teve sua primeira aparição junto ao público original dos Estados Unidos na revista The Incredible Hulk n°1, lançada no mercado americano pela Marvel Comics em maio de 1962, um título solo do personagem, garantindo-lhe o acesso ao que mais tarde seria popularmente conhecido como Universo Marvel dos quadrinhos. A partir de então, o Hulk tem aparecido, protagonizando ou não, diversas histórias da editora, se tornando um dos mais visualmente reconhecíveis da marca, tendo o universo entorno do personagem se expandido continuadamente ao longo das últimas décadas.
Apesar de fugir de diversos padrões pré-estabelecidos para super-heróis enquanto personagem da cultura pop mundial, Hulk é considerado um super-herói, mais pelas características sobre-humanas por ele apresentadas do que por conceitos bases de inserção no gênero. 


Na história original dos quadrinhos, o Hulk é um selvagem e poderoso alter ego do Dr. Robert Bruce Banner, um cientista que foi atingido por raios gama enquanto salvava um adolescente durante o teste militar de uma bomba por ele desenvolvida. Este adolescente, Rick Jones, tornou-se companheiro de Banner, ajudando-o a manter o Hulk sob controle e mantê-lo longe dos ataques dos militares, que viam a criatura como uma ameaça.
Ao invés de padecer pela radiação, o cientista foi condenado a uma vida compartilhada com o seu lado mais obscuro, o também chamado Golias verde. Originalmente, a cor do personagem era cinza, mas, por problemas na hora da impressão dos quadrinhos (a gráfica não conseguia acertar a tonalidade), ele apareceu num tom esverdeado, fazendo com que o Hulk passasse a ser o "Gigante Esmeralda" que conhecemos desde o início.

Outro fato interessante é que, nas primeiras histórias, a transformação de Banner em Hulk ocorria apenas à noite, como se isso fosse alguma maldição similar à dos lobisomens. Porém, em pouco tempo, Kirby e Lee chegaram a um acordo e o Hulk passou a surgir toda vez que o Dr. Banner ficava irritado e despertava em si seu lado mais selvagem. 

Em uma entrevista, Stan Lee disse que ambos criadores se inspiraram fortemente no clássico livro de Robert Louis Stevenson, The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde (em português, O Estranho Caso de Dr. Jekyll e Sr. Hyde ou, também, O Médico e o Monstro) e no personagem de Frankenstein, criado pelo escritora britânica Mary Shelley.

Imagem: Divulgação.

 Imagem: Divulgação.


Fontes: 
Marcel Nadale (25 de outubro de 2016). Por que o Hulk é verde? In: Mundo Estranho. 
DeFalco, Tom (2003). The Hulk: The Incredible Guide. London, United Kingdom: Dorling Kindersley. 
M. Keith Booker (2014). Comics through Time: A History of Icons, Idols, and Ideas [4 volumes]: A History of Icons, Idols, and Ideas. [S.l.]: ABC-CLIO.


E você?
Conhece alguma dessas obras?
De qual gosta mais?

sábado, 9 de maio de 2020

Uma mãe do além...

 Imagem: Divulgação.
1ª Edição. Editora Planeta.
2004

Esse romance de Adriana Falcão nos traz a história de Dona Madalena, uma mãe ultra controladora que numa manhã de maio amanhece e morta e da morte volta no mesmo dia para resolver os problemas que deixou sem solucionar, entre eles, cuidar da vida de sua filha Edith.
Edith é mãe de Artur (sem h), de cinco anos, e ex-esposa de Paulo Jorge, um grande jogador de futebol.
O enredo é cheio de situações inusitadas e que levam ao riso. Os diálogos curtos e rápidos nos levam a rir durante toda a narrativa devido aos jogos de palavras e ao trabalho da linguagem produzido pela autora.

Neste final de semana de Dia das Mães vale a pena conhecer essas duas mães tão diferentes, mas ao mesmo tempo tão parecidas com nossas mães da vida real.

Imagem: Divulgação.
Editora Salamandra.
2010.

Conheça mais sobre Adriana Falcão em entrevista: https://youtu.be/M_V1SOUDdT0

Estudo acadêmico sobre a obra:

Uma tese recentemente defendida tem como um dos romances do corpus de análise essa incrível, mas pouco conhecida, obra de Adriana Falcão. Segue o endereço para aqueles que tenha interesse também na análise: <https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/27917/1/Constru%C3%A7%C3%A3ocartografialiter%C3%A1ria_Santos_2019.pdf>

Feliz Dia das Mães!


quinta-feira, 7 de maio de 2020

O Diário de Anne Frank

O Diário de Anne Frank é um livro escrito por Anne Frank entre 12 de junho de 1942 e 1.º de agosto de 1944 durante a Segunda Guerra Mundial. É conhecido por narrar momentos vivenciados pelo grupo de judeus confinados em um esconderijo durante a ocupação nazista dos Países Baixos.

 Imagens: Internet.

Sinopse

Em 9 de julho de 1942, Anne, seus pais, sua irmã e outros judeus (Albert Dussel e a família van Daan) se esconderam em um Anexo secreto junto ao escritório de Otto H. Frank (pai de Anne), em Amsterdã, durante a ocupação nazista dos Países Baixos.

Inicialmente, Anne Frank usa seu diário para contar sobre sua vida antes do confinamento e depois narra momentos vivenciados pelo grupo de pessoas confinadas no Anexo. Em 4 de agosto de 1944, agentes da Gestapo detiveram todos os ocupantes que estavam escondidos em Amsterdã. Separaram Anne de seus pais e levaram-nos para os campos de concentração. O diário de Anne Frank foi entregue por Miep Gies a Otto H. Frank, seu pai, após a morte de Anne Frank ser confirmada. Anne Frank faleceu no campo de concentração Bergen-Belsen em março de 1945, quando tinha 15 anos.

Otto foi o único dos escondidos que sobreviveu ao campo de concentração. Em 1947, o pai decidiu publicar o diário. Os manuscritos de Anne Frank estão expostos na Anne Frank House, em Amsterdã. Os direitos autorais da obra pertencem à Anne Frank Fonds (Fundação Anne Frank), fundada por Otto H. Frank em 1963, na Basileia, Suíça.

Foto: Internet.

Suas anotações foram declaradas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como patrimônio da humanidade. Por isso, neste dia 7 de Maio, quando comemoramos os 75 anos da rendição da Alemanha, dando fim à terrível Segunda Guerra Mundial, homenageamos Anne Frank.

terça-feira, 5 de maio de 2020

Dia Internacional da Língua Portuguesa - 5 de Maio

A língua portuguesa, também designada português, é uma língua românica flexiva ocidental originada no galego-português falado no Reino da Galiza e no norte de Portugal. Atualmente é falada em muitos países do mundo:







Muitxs poetas e escritorxs homenagearam a Língua Portuguesa:









Qual seu escritor ou poeta de Língua Portuguesa preferido?

domingo, 3 de maio de 2020

Aldous Huxley - 4 de Maio

Aldous Huxley - A Case For ESP, PK and PSI. Life Magazine. 11 January, 1954.


Aldous Leonard Huxley  foi um escritor inglês, mais conhecido pelos seus romances, como Admirável Mundo Novo. Ele foi nomeado para o Prêmio Nobel de Literatura sete vezes e foi eleito Companheiro de Literatura pela Royal Society of Literature em 1962. Huxley era humanista e pacifista. Em seu romance mais famoso Admirável Mundo Novo (1932) e seu último romance Ilha (1962), ele apresentou sua visão de distopia e utopia, respectivamente.

Divulgação: Abril Editora.


Publicado em 1932, «Admirável Mundo Novo» tornar-se-ia um dos mais extraordinários sucessos literários europeus das décadas seguintes. O livro descreve uma Sociedade futura em que as pessoas seriam condicionadas em termos genéticos e psicológicos, a fim de se conformarem com as regras sociais dominantes. Tal Sociedade dividir-se-ia em castas e desconheceria os conceitos de família e de moral. Contudo, esse mundo quase irrespirável não deixa de gerar os seus anticorpos. Bernard Marx, o protagonista, sente-se descontente com ele, em parte por ser fisicamente diferente dos restantes membros da sua casta. Então, numa espécie de reserva histórica em que algumas pessoas continuam a viver de acordo com valores e regras do passado, Bernard encontra um jovem que irá apresentar à Sociedade asséptica do seu tempo, como um exemplo de outra forma de ser e de viver. Sem imaginar sequer os problemas e os conflitos que essa sua decisão provocará. «Admirável Mundo Novo» é um aviso, um apelo à consciência dos homens. É uma denúncia do perigo que ameaça a humanidade, se a tempo não fechar os ouvidos ao canto da sereia de uma falsa noção de progresso.
Texto disponível em: https://pt.paradigmatrix.com/2013/09/20/livro-admiravel-mundo-novo-de-aldous-huxley/

Essa obra até hoje é inspiração a outras, como pode ver a seguir:

Imagem: Divulgação.

Neste mundo novo, só restaram os adolescentes… e a sobrevivência da humanidade está em suas mãos. Imagine uma Nova York em que animais selvagens vivem soltos no Central Park, a Grand Central Station virou um enorme mercado… e há gangues inimigas por toda a parte. É nesse cenário que vivem Jeff e Donna, dois jovens sobreviventes da propagação de um vírus que dizimou toda a humanidade, menos os adolescentes. Forçados a deixar para trás a segurança de sua tribo para encontrar pistas que possam trazer respostas sobre o que aconteceu, Jeff, Donna e mais três amigos terão de desbravar um mundo totalmente novo. Enquanto isso, Jeff tenta criar coragem para se declarar para Donna, e a garota luta para entender seus próprios sentimentos - afinal, conforme os dias passam, a adolescência vai ficando para trás e a Doença está cada vez mais próxima.

Chris Weitz, é um diretor de cinema e escritor norte-americano, formado em literatura inglesa no Trinity College, em Cambridge.

Divulgação: Salamandra.
 
Em Admirável mundo louco, um extraterrestre revela suas impressões sobre o planeta Terra, um mundo "habitado por seres que moram empilhados". Uns pelos outros aponta as extravagâncias das pessoas por causa do trânsito. Quando a escola é de vidro examina a educação limitada que é oferecida em "frascos de vidro". Três divertidas histórias, para curtir e refletir.

Ruth Rocha
Nascida em São Paulo, capital, em 1931, Ruth Rocha sempre viveu em São Paulo. Foi orientadora educacional e editora. Começou a escrever artigos sobre educação para a revista Cláudia, em 1967. Em 1969 começou a escrever histórias infantis para a revista Recreio. Em 1976 teve seu primeiro livro editado. De lá para cá publicou mais de cem livros no Brasil e vinte no exterior, em dezenove diferentes idiomas.
Texto disponível em:  https://www.moderna.com.br/main.jsp?lumPageId=4028818B2F212E9B012F2C6BF30801C2&itemId=8A8A8A823F758317013F80B6A4CB1C4D

E você?
Já leu alguma dessas obras?
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1º de Maio - Dia da Literatura Brasileira

Imagem: Reprodução/Internet

1o de maio — Dia da Literatura Brasileira foi o dia escolhido para celebrar a literatura nacional porque, nessa data, comemora-se também o aniversário do escritor José de Alencar.

Arte: Revista Cult

O Dia da Literatura Brasileira foi criado em homenagem ao escritor José de Alencar, que nasceu em 1o de maio de 1829, em Messejana, no estado do Ceará.

Imagem disponível em:  https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/4076
Seu primeiro romance, Cinco minutos, foi publicado em 1856. No entanto, suas obras mais conhecidas e populares são: O guarani (1857), Lucíola (1862), Iracema (1865) e Senhora (1875). É o principal e mais versátil romancista do Romantismo brasileiro, com romances indianistas, urbanos, regionalistas e históricos.
Também escreveu para o teatro, com peças relevantes, como O demônio familiar (1857) e As asas de um anjo (1860).
Em suas obras, além de seguir as características da estética romântica, ousava criar personagens femininas fortes e independentes, como Aurélia Camargo, de Senhora, e Iracema, de romance homônimo. Não podemos deixar de mencionar também outro personagem em situação de inferioridade social, Pedro, da peça O demônio familiar, um jovem escravo que sai do seu lugar de oprimido para exercer poder de manipulação na família de seus donos.
Texto disponível em: 
 https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/1-de-maio-dia-da-literatura-brasileira.htm

E você?
Já leu alguma das produções de José de Alencar?
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